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Depressão

Observação: Neste texto eu coloco algumas observações pessoais sobre a depressão e formas de tratamento.
A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. A depressão é uma doença que afeta e compromete várias áreas da vida da pessoa, afeta e distorce a maneira como a pessoa se vê, como vê  o mundo, o futuro, como sente a realidade, entende as coisas, e manifesta emoções. Ela afeta a interpretação que a pessoa faz de si mesmo, dos outros e do futuro, altera a forma como o indivíduo se alimenta e dorme.
A depressão pode estar ligada a alguma decepção profunda, a perdas mal elaboradas ou  a medos de perder: Também pode ser uma reação de desapontamento, uma frustração grave e dolorida. Geralmente são ferimentos emocionais.
Causas: A depressão é uma doença. A depressão se desenvolve no cérebro, devido a um desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do humor. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Além dessas causas bioquímicas, a depressão também pode ser causada por experiências de perdas ou desapontamentos durante a infância ou adolescência  podem causar distorções que moldam a percepção da realidade dentro de um aspecto negativista. Essas crenças ficam latentes podendo ou não se manifestar quando as pessoas passam por vivencias semelhantes às iniciais, que foram responsáveis pela introjeção negativista. O modelo Cognitivo propõe também que nossas emoções e comportamentos são influenciados pela maneira  como percebemos e interpretamos os eventos; e que o pensamento disfuncional ou distorcido seja comumente apresentado nos distúrbios psicológicos. Eventos estressantes como perda de pessoa querida, perda de emprego, doenças e desapontamentos também podem causar depressão.
 
DINÂMICA EMOCIONAL DA DEPRESSÃO:
 Sintomas:

  •  Perda de energia ou interesse
  •  Humor deprimido
  •  Dificuldade de concentração
  •  Alterações do apetite e do sono
  •  Lentificação das atividades físicas e mentais.
  •  Sentimento de pesar ou fracasso
  •  Baixa Autoestima
  • Ansiedade e Insegurança

Tratamento: Se quisermos atacar de frente a depressão, temos que  fazer uso de medicações para reestabelecer o equilíbrio bioquímico do cérebro. Além do tratamento medicamentoso a pessoa pode fazer uso do acompanhamento psicológico. Atualmente o mais indicado é a Terapia Cognitiva Comportamental ( TCC), que utiliza técnicas cognitivas e comportamentais que ensinam o paciente a corrigir seus erros de pensamento. A TCC ensina a pessoa a  eliminar hábitos errados de pensar, corrigindo  o modo ineficaz de lidar com as situações, e  de interpretá-las. É necessário modificar essas interpretações distorcidas, através da correção dos pensamentos inadequados.
A pessoa aprende a questionar os pensamentos inadequados que tem, em relação a si mesmo, e ao outro utilizando alguns questionamentos. Exemplos:
Eu posso afirmar com absoluta certeza que o que eu estou pensando é a verdade absoluta?
Esta é a única maneira de enxergar essa situação?
O que estou pensando será benéfico para meu bem estar físico e emocional?
Esta maneira de pensar é útil para minha vida?
Após fazer estes questionamentos a pessoa terá que decidir se é ou não prudente alimentar tais pensamentos, ou seja, se os mesmos não forem verdadeiros, úteis e benéficos, podemos  deduzir que os mesmos são mentirosos(distorcidos), inúteis(desgastantes), e maléficos para nossa vida.
Nossos comportamentos refletem nossos pensamentos.
Nossos pensamentos são formados pelas crenças que adquirimos ao longo da vida, em relação a nós mesmos, aos outros, e as situações.
Através dos nossos pensamentos estabelecemos nosso diálogo Interno.
Nosso diálogo Interno pode ser Saudável/ Funcional ou Disfuncional.
Pessoas cristãs utilizam a Bíblia como recurso e instrumento para corrigir e fortalecer o diálogo interno. Segundo Fp 4:8 o diálogo saudável obedece algumas recomendações: São elas: “ …tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento”.
Para o pensamento cristão quando não obedecemos a essas recomendações, não filtramos os nossos pensamentos e corremos o risco de ficarmos com transtorno psicológico.
O objetivo do transtorno psicológico é sabotar nossos propósitos de vida através de formas inadequadas de interpretar os eventos da nossa vida, portando o transtorno psicológico não é desencadeado pelas situações, mas pelas interpretações que fazemos.
Um exemplo Bíblico de Depressão:
Elias entrou num processo depressivo quando se sentiu ameaçado e sozinho diante das circunstâncias daquele momento. Ele estabeleceu um diálogo interno inadequado, sentiu-se desmotivado e pediu a morte a Deus. I Reis 19:1-8.
De acordo com o pensamento cristão, podemos tirar algumas lições deste texto bíblico:
Qualquer pessoa pode ter depressão, independente de ser cristão ou não.
1- O fato de sentir-se deprimido ou estar com depressão, não significa que a pessoa está em pecado.
2- Pessoas deprimidas se fortalecem com a Palavra de Deus. Salmo 50:15 “Invoca-me no dia da angustia; Eu te livrarei, e tu Me glorificarás”.
3- O objetivo de Deus não é nos matar, mas sim nos melhorar.
4- Quando estamos no “deserto” precisamos da água da vida que Jesus oferece.
5- Devemos nos alimentar com a Palavra de Deus, levantar e continuar, não podemos desistir.
6- Vá em frente, tenha ânimo, essa angústia vai passar!
Foi exatamente isso que aconteceu com o apóstolo Paulo quando escreveu a carta aos Filipenses. Estava preso dentro de um calabouço romano, escuro e úmido. Com certeza era uma forte razão para um grande desapontamento e tristeza.
O ativo e incansável batalhador do Evangelho estava agora confinado entre paredes geladas de pedra. Dali escreve uma carta de ânimo aos filhos na fé. Filipenses começa e termina invocando a graça divina sobre todos eles.
Paulo não deixou seus pensamentos o afundarem na escuridão das circunstâncias. Não permitiu que a ansiedade, o ressentimento e a raiva o dominassem.
Tem uma estória que ensina e relata muito bem o cuidado que devemos ter com os nossos pensamentos.
Certo homem morava num pequeno vilarejo e da sua casa ele avistava uma grande montanha. Este homem tinha um sonho e um dia o compartilhou com a sua esposa. Ele disse: Querida um dia quando eu me aposentar eu quero escalar aquela montanha. Os anos foram passando e o homem finalmente se aposentou.
Certa manhã o homem acordou bem cedo, com a ajuda da esposa arrumou suas coisas e foi em busca da realização do seu sonho. Após escalar horas e horas, o homem chegou finalmente ao topo da montanha. Sentia-se incrivelmente realizado, porém, quando ainda estava contemplando a paisagem ouviu um barulho e olhou em volta e percebeu que havia uma grande rocha atrás dele, então foi verificar do que se tratava o barulho. O homem ficou surpreso com o que havia atrás daquela rocha. Deitado no chão havia um grande e velho leão que agonizava de sede, o pobre homem movido de uma intensa compaixão pelo animal despejou toda a sua reserva de água na boca do bicho. Cansado da escalada resolveu se encostar um pouco na rocha para descansar antes de descer. O pobre homem cochilou e infelizmente nunca mais acordou, pois, o leão restabeleceu as forças e deparou-se com um belo banquete humano a sua frente. O leão não teve duvidas devorou o homem para atender seus instintos de sobrevivência.
Moral da história: Nunca alimente aquilo que pode te destruir!
Pensamentos inadequados desencadeiam o diálogo interno inadequado que pode matar nosso interesse pela vida, nossos sonhos e a nossa motivação interna e se não vigiarmos pode até destruir a nossa fé.
Para o cristão Jesus é o maior exemplo em relação a dialogar com o mal. Quando estava no deserto foi tentado por aquele cujo objetivo é o de  roubar, matar e destruir. Jesus não ficou dialogando com satanás, antes quando foi tentado e desafiado, respondeu utilizando a Palavra de Deus. O resultado nós sabemos qual foi. O diabo fugiu!. Tg 4:7 “ Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Não se entregue a depressão, se entregue a Deus e com certeza você encontrará refúgio, abrigo e força para enfrentar a depressão.
Do meu ponto de vista a fé em Deus, é uma ferramenta preciosa para lidar com as situações difíceis e estressantes da nossa vida, porém tem momentos que mesmo tendo fé em Deus, devemos procurar tratamento através da ajuda médica, fazer uso de medicação e tratamento psicológico. A medicação para Depressão deve ser prescrita pelo médico. Geralmente o especialista que prescreve a medicação para tratar a Depressão é o Psiquiatra.
Função da medicação: No cérebro existem células nervosas, os neurônios, e substâncias químicas que estabelecem a comunicação entre elas, os neurotransmissores. Em condições normais, a quantidade dessas substâncias é suficiente, mas ela cai consideravelmente durante a crise de depressão. Os medicamentos antidepressivos aumentam a oferta de neurotransmissores e promovem a volta ao estado normal do paciente. O tratamento da depressão mudou muito com a descoberta desses medicamentos que provocam algumas modificações químicas no cérebro pela oferta de substâncias mediadoras que estabelecem a comunicação entre uma célula nervosa e outra durante o processo de transmissão dos sinais. No deprimido, os níveis dos neurotransmissores são baixos. Os antidepressivos bloqueiam o mecanismo de recaptura (impedem que os neurotransmissores retornem à célula de origem) o que aumenta a quantidade dessas substâncias nesse espaço virtual entre os neurônios.
Desmame da medicação. Só o médico pode orientar corretamente o desmame medicamentoso, é preciso explicar que a retirada do medicamento nunca deve ser feita de forma abrupta, por isso só o medico especializado pode orientar no processo de diminuição gradativa da dose.
ANDRÉIA COLIATH

Categorias: Depressão, Terapia Cognitiva

Andreia Coliath

Andreia Coliath

Sou Psicóloga Clinica ( CRP 06/67143) e palestrante, atendo em Clínica particular crianças, adultos e casais desde 2001. Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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